Tem Menina no Circuito

FIQUE POR DENTRO

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O que é um capacitor?

Mylena Larrubia – 1 de maio de 2019

Capacitor em série com um resistor num circuito

Esse post vai dar início a uma série sobre componentes eletrônicos. Então, para você que está querendo saber mais sobre cada um deles, acompanhe nosso site.

Bem, um capacitor é basicamente um elemento que armazena energia. Dessa forma, quando você não tem seu circuito alimentado por uma fonte que faria a corrente elétrica circular por ele, o capacitor desempenha esse papel por um breve intervalo de tempo. Esse intervalo é chamado de transiente, que é o tempo em que o capacitor carrega ou descarrega, isto é, o tempo em que a tensão vai estar variando no tempo (produzindo corrente elétrica).

Cada capacitor tem sua respectiva capacitância, sua capacidade de armazenar carga; ela é proporcional à quantidade de voltagem que é aplicada nele. O que deve ser levado em consideração, porque é isso que nos deixa saber por quanto intervalo de tempo o circuito vai ser funcional sem uma fonte de tensão (voltagem).

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O que é a d.d.p.?

Mylena Larrubia – 11 de junho de 2019

Quando estudamos sobre circuitos, é falado sobre d.d.p. o tempo todo, mas é bom dar uma olhada mais “a fundo” nos nomes de termos físicos, porque geralmente dá para entender melhor do que se trata.

No caso, d.d.p. significa diferença de potencial. Como já foi dito em outros posts daqui do site, essa diferença é dada ao circuito por meio de fontes de tensão (ou também chamadas de fontes de voltagem), como pilhas ou baterias.

Mas por que diferença? Quando se fala sobre potencial na física não é diferente do que no cotidiano. Por exemplo, quando se diz que algum artista indicado a um prêmio tem potencial de ganhar; isso afirma que ele ganhou? Não, mas, como foi indicado, ele pode vir a ganhar.

A partir dessa mesma ideia, nos circuitos, nós podemos ter potenciais elétricos (voltagens) associados a eles. Porém, enquanto não houver uma diferença (um ponto com potencial menor ou maior em relação a outro ponto), nada acontece.

Portanto, aplicar uma diferença de potencial em um circuito, como nos circuitos do Tem Menina no Circuito, forma uma corrente elétrica. E, então, com um led ou um buzzer, você consegue “ver” o fenômeno acontecendo (energia elétrica sendo transformada em luminosa ou sonora).

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Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Mylena Larrubia – 11 de fevereiro de 2019

No espaço maker do projeto

Desde 2016, a ONU e a UNESCO decidiram que 11 de fevereiro é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Essa data tem por objetivo não só homenagear, mas também destacar a importância que as mulheres têm no meio científico e tecnológico.

Apesar de as mulheres representarem cerca de 23,5% de pessoas com ensino superior (tendo como base a população com uma idade ativa, isto é, que pode trabalhar) – enquanto os homens representam 20,7% -, há uma diferença na renda recebida entre os dois gêneros.

Saindo um pouco da atualidade dá para ver que essa disparidade não é coisa do mundo contemporâneo. Você, leitor, já ouviu falar de Hipátia, Rosalind Franklin ou Mileva Maric? Elas foram cientistas incríveis! Uma foi, provavelmente, a primeira matemática da história, que, além de outras descobertas, criou instrumentos (o astrolábio, por exemplo), mas foi assassinada; outra, descobriu a estrutura da molécula de DNA, mas teve seu trabalho roubado por um aluno que ela orientava (o qual ganhou o Nobel pela descoberta dela); e outra contribuiu integralmente para a Teoria da Relatividade de Einstein, mas não teve seu nome na pesquisa nem reconhecimento por essa.

O que foi exemplificado acima mostra que a existência dessa data não é mera criação comercial ou propagandística, mas sim uma necessidade, porque, mesmo com três anos de sua criação [da data], a desigualdade de gênero na ciência (não apenas nessa área) continua presente.

Oficinas em evento na Casa das Ciências

Contudo, o projeto “Tem Menina no Circuito” é um feito de inclusão pela ciência, alcançando meninas de ensino médio. Além desse, coexistem outros projetos no Brasil e no mundo que têm o mesmo objetivo. Sendo assim, podemos pensar que nem tudo está perdido; e, para ilustrar um pouco essa esperança, vamos mostrar quem são as mulheres cientistas desenvolvedoras do projeto, assim como as alunas aspirantes a cientistas que fazem parte dele:

  • Thereza Lacerda Paiva – doutora em Física pela UFF; possuiu dois pós-doutorados; pesquisa supercondutividade e outras áreas; e, atualmente, é professora da UFRJ;
  • Elis Helena Sinnecker – doutora em Física pela UNICAMP; possuiu dois pós-doutorados; pesquisa propriedades físicas de metais e ligas e afins; atualmente, é professora da UFRJ;
  • Tatiana Rappoport – doutora em Física pela UFRJ; possuiu dois pós-doutorados; pesquisa, principalmente, propriedades quânticas de materiais; atualmente também é professora da UFRJ;
  • Gabriella Galdino – graduanda em Física pela UFRJ; participou do projeto nos anos iniciais; hoje, está na faculdade e é monitora do projeto;
  • Mylena Larrubia – graduanda em Astronomia pela UFRJ; é aluna de extensão do projeto e escreve para o blog;
  • Mayra Meirelles Marques – graduanda em Física pelo CEDERJ (UFRJ); é monitora do projeto;
  • Julia da Silva Santos – graduanda em Engenharia Química pela UFRJ; é monitora do projeto;
  • Ana Carolina Oliveira – graduanda em Física pela UFRJ; é aluna de extensão do projeto;
  • Carolina França – graduanda em Matemática pela UFRJ; é aluna de extensão do projeto;
  • Eliane Dias – graduanda em Física Médica pela UFRJ; é aluna de extensão do projeto;
  • Thais Teles – graduanda em Física Médica pela UFRJ; é aluna de extensão do projeto;
  • Isabella Rocha – graduanda em Física Médica pela UFRJ; é aluna de extensão do projeto.
No Colégio Ciep Brasil-Turquia, onde o projeto atua

Para mais do que foi citado acima, a matéria desse site sobre o Nobel da Física de 2018 fala um pouco mais sobre desigualdade de gênero na ciência: Por que tem MENINA no circuito?.

Referências:

IBGE: Estatísticas de gênero, indicadores sociais das mulheres no Brasil.

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Tem menina nas redes sociais

Mylena Larrubia – 23 de janeiro de 2019

E aí, está gostando do nosso site? Mas não tem só ele não!

Segue nosso Instagram e curte nossa página lá no Facebook. Cada rede social tem um tipo de conteúdo diferente, todos focados no mesmo assunto: meninas na ciência.

Por exemplo, no Facebook compartilhamos várias notícias de meninas que estão alcançando destaque e também sobre inovações. No Instagram, normalmente, postamos os eventos nos quais o projeto participa, assim como trabalhos feitos por quem vai nas oficinas. Já esse site que você está lendo, além de falar sobre essas coisas citadas, é focado em tutoriais/explicações de como fazer alguma coisa e “o que é”.

Aproveite todo nosso conteúdo:

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Mecânica em papel

Mylena Larrubia – 9 de fevereiro de 2019

As meninas não estão só no circuito; nós estamos em todas as áreas da Física (e no que não é Física também haha).

Bem, o projeto está se estendendo e a nossa novidade de 2018 foi a mecânica em papel. Ainda não fizemos muitas coisas com isso, mas, durante a Copa do Mundo, por exemplo, ocorreram várias oficinas na Casa da Ciência e no Museu do Amanhã.

Essa nova atuação consiste em explorar os mecanismos de movimento usando papelão – o que é uma ótima alternativa sustentável, já que reaproveitamos papelões que seriam jogados no lixo. Isso é muito bom para ser usado em atividades escolares, recolhendo papéis e papelões dos próprios alunos.

Além dos papelões são usadas “bailarinas” (colchetes), que são encontradas em qualquer papelaria. Elas servem para conectar um pedaço de papel a outro sem os colar, permitindo o movimento entre eles.

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Por que tem MENINA no circuito? (Discussão sobre Nobel de Física 2018)

Mylena Larrubia – 3 de outubro de 2018

Ontem, dia 2 de outubro, foi liberada a notícia sobre quais são os ganhadores do prêmio Nobel de Física desse ano. O mais curioso não foi a pesquisa dos ganhadores, mas sim o fato de a pesquisadora entre esses ser apenas a TERCEIRA mulher a conseguir tal prêmio (além de isso acontecer só depois de 55 anos em que a segunda ganhou). Isso diz muito sobre a sociedade em que vivemos, onde meninas e mulheres, apesar de conseguirem fazer trabalhos tão fantásticos quanto os dos homens (e, por vezes, até mais fantásticos) serem subjugadas.

Visto isso, cabe a discussão do porquê de o projeto desse blog ser focado em meninas. Normalmente, elas não são encorajadas a estudar, pois são vistas como pessoas que têm que cuidar da casa, do parceiro e afins. E ainda, as que estudam, são quase forçadas a trabalharem nas áreas de “cuidados com outros”, como enfermagem, por exemplo. Então, as poucas que conseguem se dedicar à área que gostam, seja essa na ciência ou não, percorrem um caminho cheio de obstáculos só por conta de seu gênero; muitas vezes são desacreditadas, mesmo tendo boas pesquisas, e são vistas como menos inteligentes que os homens da mesma atuação.

O projeto “Tem menina no circuito” veio para incentivar adolescentes do ensino médio a conhecerem a ciência. O que não as obriga a seguirem essa área, mas as faz ter direito de escolha com um conhecimento mais amplo de outra perspectiva não muito comum. Por exemplo, já teve menina que participou ativamente do projeto e está fazendo Letras na faculdade. E isso é ótimo! A questão é mostrar coisas novas para as meninas; é não perder uma futura cientista só porque, por conta da precária educação brasileira e dos preconceitos sociais, ela não sabia o que é ciência.

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Estamos no YouTube!

Thereza Paiva – 29 de junho de 2018

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Tem CRIANÇA no circuito

Mylena Larrubia – 14 de junho de 2018

Você sabia que o projeto “Tem menina no circuito” originou o “Tem criança no circuito”? Sim, a ideia mostrou, em oficinas ministradas, que o conhecimento de circuitos e eletrônica em geral pode ser moldado para incentivar crianças (independente do gênero) a se interessarem por ciência.

O “Tem criança no circuito” também funciona para adolescentes, pois tem os mesmos princípios que o “tem menina”. A diferença é que o das crianças oferece oficinas avulsas, ou seja, vai a escolas e museus, e recebe alunos no Espaço Maker (sala que funciona como laboratório de ambos os projetos), que se encontra na UFRJ. Porém, isso é feito apenas uma vez (exceto se a criança for levada a mais de um evento que o programa participa). Por outro lado, o das meninas visa ir em alguma escola específica e fazer um “acompanhamento” por um tempo com as meninas que quiserem, para ensiná-las não só o que é dado nas oficinas, mas também conceitos mais detalhados.

Aqui no site do “tem criança” você pode saber como agendar visitas para seu colégio, como fazer algumas oficinas e fica por dentro de eventos nos quais a equipe participa.

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O que é programação

Mylena Larrubia – 4 de junho de 2018

Exemplo de programa na linguagem Python. Imagem corresponde ao programa escrito.

Muitas fontes dizem que programar é o ato de contar, ordenar etc; mas, de forma resumida, programar é simplesmente estabelecer tarefas, assim como você programa o que vai fazer durante seu dia.

Os computadores não realizam coisas sozinhos, como achamos que fazem. Eles executam comandos que um programador (pessoa) fez antes de você, usuário (como é chamado quem usa, sem programar, as funções do computador), usar seu PC.

A programação depende do programador e da linguagem, isto é, em que “idioma” vão estar escritas as tarefas que serão dadas ao computador. Alguns exemplos de linguagem são: C (linguagem na qual é operado o Arduino, sobre o qual temos um post no site; Python (uma das linguagens mais fáceis e muito utilizada atualmente); Java; dentre outras. Cada linguagem vai escrever a mesma coisa de uma forma diferente no programa, assim como escrevemos “idioma” em português e “language” em inglês.

O programa também é chamado de código e significa o mesmo: escrever instruções para o computador executar uma função específica.

Spoiler: teremos mais posts sobre programação no site. Fiquem de olho.

Imagem corresponde ao programa sendo executado.
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Sabia que cada cor de LED acende “diferente”?

Mylena Larrubia – 29 de maio de 2018

Traduzindo do inglês, LED significa Diodo Emissor de Luz. Um diodo, por sua vez, é um componente que permite a passagem da corrente elétrica, como se fosse um rio, somente em um sentido. Ele tem dois terminais: o ânodo e o cátodo. O ânodo é o parte negativa, é dele que a corrente elétrica sai; já o cátodo é o pólo positivo, que recebe o que veio do ânodo.

Existem LEDs de várias cores, que precisam de tensões (voltagens) diferentes, isto é, voltando ao exemplo do rio (que representa a corrente elétrica), como a largura desse rio, necessária para cada cor de LED.

Mas o que essa diferença entre voltagens significa? Se você tiver uma bateria que forneça uma determinada voltagem, é mais “fácil” acender um LED vermelho que um azul, por exemplo. Isso se dá pelo fato de o LED de cor vermelha necessitar de menos tensão para funcionar.

A seguir, uma ordem crescente de “facilidade” para acender algumas cores de LED: infra-vermelho (1,1 volts); vermelho (1,8 volts); amarelo (2,0 volts); laranja (2,0 volts); verde (2,1 volts); azul (3,1 volts); branco (3,1 a 4,0 volts, dependendo de como foi fabricado).

LEDS vermelho (abaixo) e amarelo (em cima) em circuito de papel
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O que é um circuito elétrico

Mylena Larrubia – 13 de maio de 2018

Quando você está numa rua com muita gente, como um shopping ou “calçadão”, o lugar pode ser descrito de que forma? Desordenado, né? Então, é assim que os elétrons (pequenas partículas, cargas elétricas) se movimentam livremente. Agora, imagine que alguma coisa acontece e todas as pessoas desse local fiquem em ordem, numa fila; é isso que ocorre quando uma pilha ou uma bateria, isto é, uma fonte de energia, entra em contato com esses elétrons livres, se estiverem em um material condutor (que tem “facilidade” em transmitir essa energia vinda da fonte), como o cobre, por exemplo.

Esse fluxo ordenado de elétrons, descrito acima, é o que caracteriza uma corrente elétrica. Essa corrente, como foi dito em outra matéria do site, funciona como um rio, que só flui em um sentido. Nos circuitos elétricos, a corrente flui da parte negativa (ânodo) até o pólo positivo (cátodo).

Um exemplo de circuito elétrico é o circuito de papel que o Tem menina no circuito faz: o material condutor é o fio de cobre (é nele que os elétrons se movimentam); a fonte é uma bateria que transmite uma tensão (voltagem) de 3volts; e a lâmpadas de LED são o diodo, que é um componente que permite a passagem da corrente elétrica nesse sentido único. O LED, especificamente, quando o fio de cobre tem suas pontas encostadas cada uma em um lado da bateria, fechando o circuito, converte a energia elétrica vinda da fonte e transmitida pela corrente ao longo do fio em energia luminosa. Vale destacar que a sigla “LED” significa “Diodo Emissor de Luz”). Veja abaixo como é esse circuito que foi descrito:

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Montagem do painel – LADIF

Iluscajaneiro – 19 de janeiro de 2015

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Preparando material para a Jornada de Iniciação Científica da UFRJ

tgrappoport – 4 de outubro de 2014